domingo, 14 de novembro de 2010

Capítulo II

-Acabou! - ecoou pelas ruas de Oxford a última palavra que Scott dirigiu a Rachel, sua namorada.
Scott era o típico rapaz descontraído ao qual não aparenta haver qualquer tipo de problemas. Toda a sua vida tem sido um pouco mulherengo, mais na sua infância onde cada semana arranjava uma namorada diferente. Mas, desde que foi crescendo que as suas relações têm durado mais do que apenas uma semana. Um mês, um ano e com Rachel já tinham feito dois anos de namoro e para comemorar esses dois anos Scott tinha escrito um livro a Rachel com todos os bons momentos que tinham passado juntos. Scott já à muito que suspeitava que Rachel o traia com o seu melhor amigo e ao que parece as suspeitas confirmaram-se.
Rachel tinha ido a London fazer uma pequena visita à grande e emblemática cidade. Com ela foi grande parte da sua escola, à qual Scott não pertencia. Algo aconteceu entretanto. Scott deixou de receber notícias de Rachel. Isto prolongou-se por cerca de dois dias. À chegada de Rachel a Oxford, Scott foi ao seu encontro e perguntou-lhe porque não lhe tinha respondido aos telefonemas. Rachel mente dizendo que tinha deixado o telemóvel no hotel. Dias depois, enquanto Rachel tomava banho, recebe uma chamada do seu melhor amigo. Scott acorda e acaba por atender. "Amor?" é a palavra que Scott ouve assim que atende. Desliga e faz de conta que nada se passou.
Mais tarde enquanto Rachel e Scott passeavam pelas lojas de Oxford, Rachel recebe outro telefonema, desliga e diz a Scott que era a mãe dela. Nesse momento Scott perde a paciência e diz-lhe que já tinha descoberto tudo. Que ela o andava a trair com o melhor amigo e que para ele tudo isto tinha acabado.
Após discutirem, Scott vai a casa e faz as malas voltando para a sua terra de origem, Hull. Sai para falar com os amigos, chega a casa e fecha-se no quarto. Entretanto Carl recebe um telefonema de uma amiga de Scott perguntando-lhe se Scott estava bem pois tinha-se tentado suicidar. Carl, alarmado, corre para junto da mãe e conta-lhe o sucedido. Leah acalma Carl dizendo-lhe que já tinha falado com Scott e que essa tonteira já lhe tinha passado da cabeça. Explica-lhe que fora só um impulso que qualquer ser humano tem quando perde a sua orientação perante a vida.

domingo, 7 de novembro de 2010

Capítulo I

Era de noite. Uma enorme bola amarelada sobressaia no meio de tamanha escuridão. Esta e outras luzes iluminavam uma bela noite desfrutada do topo do ponto mais alto de uma pequena cidade. Uma leve brisa assobiava aos ouvidos de Carl, relembrando o de todos os momentos que já passara. Foram precisos quinze anos para Carl descobrir o que era o amor, e descobriu-o da maneira difícil.
Aparentemente Carl não passava de mais um jovem, com um pai, uma mãe e um irmão mais velho. Viviam em Hull, uma bela cidade inglesa. O pai, Gee, era advogado e no seu tempo livre dava aulas para ganhar mais algum dinheiro. Era um pai ausente e isso teve uma grande influencia na vida de Carl. A mãe, Leah, era professora de Latim do Ensino Secundário. E o irmão, Scott, quatro anos mais velho, estudava Direito na Universidade de Oxford. Ao que parece, uma família perfeita, até ao dia em que tudo mudou.
Ainda a tentar ultrapassar a morte dos pais, Leah era uma mulher paciente e descontraída. Levava a vida de uma forma calma, sem problemas. Tinha uma postura muito reservada. Gee, por outro lado era um homem tinha uma personalidade muito versátil: em casa era egoísta e carrancudo; no emprego era divertido e um bom colega.
Já eram casados à vinte e quatro anos e, desde então, que Gee já havia traído Leah com outras mulheres, quatro mais precisamente. Desde da ultima vez que isso aconteceu que a violência doméstica já se tinha instalado em casa.
Certo dia Leah chegou à conclusão de que, se Gee a podia trair porque não traí-lo a ele também?  Foi então que tudo começou. Numa bela tarde de Junho, Gee obrigou Leah a irem dar uma volta, para falarem. Pouco tempo depois voltam a casa e Leah vai directamente para o quarto e tranca-se dentro dele. Gee, irritado acaba por arrombar a porta e grita com Leah, obrigando-a a não voltar a fazer o que tinha feito. Tudo se acalma, até que se ouve Leah a correr em direcção à porta para pedir ajuda. Gee corre atrás dela puxando-a para dentro de casa e fechando a porta. Volta a levá-la para o quarto e fecha a porta. Carl assistia a isto tudo da porta do seu quarto e, ao ouvir a sua mãe a pedir ajuda, não hesita e liga aos tios, os familiares mais próximos naquele momento. Quando tocam à campainha, Carl dirige-se à porta, mas Gee obriga-o a não abrir a porta. Carl não lhe da ouvidos e abre a porta. Leah corre junto da irmã onde se sente em segurança e conta-lhe tudo o que se tinha passado. Gee não suporta ouvi-la a dizer aquilo dele e dirige-se a Hellen, irmã de Leah, dizendo que só queria falar com ela mais um pouco. O pedido foi negado e Gee recorre a violência. Carl reaparece e tudo se acalma. Nesse dia, Leah e Carl saíram de casa, com medo do que Gee lhes podia fazer. Leah nunca mais voltou a encontrar-se com Gee e acabou por lhe pedir o divórcio. Carl, sentiu saudades de sua casa e acabou por voltar a viver com o pai, indo, todos os dias, jantar com a mãe.
Foi um tempo difícil para Carl. Assistir a tudo o que aconteceu gerou enormes mudanças na mentalidade de Carl. Tornou-o mais sensível e deu-lhe uma nova perspectiva do mundo que o rodeia.